No útero
podem desenvolver-se vários tipos de tumores benignos que, apesar de
não serem malignos (cancerosos), podem afectar a saúde e a qualidade de
vida da mulher.
Miomas e pólipos endometriais e cervicais, são tumores que se formam a partir de células do tecido do próprio órgão, que se reproduzem com muita facilidade dando origem a um tumor. Todos os tumores benignos são constituídos por células idênticas às que os originaram que têm a característica de não se
fundirem com os tecidos adjacentes, no entanto, verifica-se que há
tumores benignos que a longo prazo evoluem para malignos, transformam-se
em cancerosos.
Os
tumores benignos do útero afectam e desenvolvem-se no órgão de
diferentes maneiras, tanto podem crescer até à cavidade uterina e
formarem um pólipo que se liga á parede uterina por um pedículo, como
crescerem na espessura da parede do órgão ou formarem uma proeminência para o exterior do órgão.
I - Miomas Uterinos
Os miomas
do útero são os tumores mais comuns do aparelho reprodutor feminino.
São tumores benignos, ou seja, NÃO SÃO CANCEROSOS, que se desenvolvem no
útero da mulher.
Calcula-se que 1 em cada 5 mulheres, em idade fértil, pode desenvolver mioma.
O aparecimento do mioma,
está estreitamente relacionado com as hormonas segregadas pelo
organismo da mulher em idade fértil, é por isso que aparecem com mais
frequência nas mulheres com mais de 30 anos e raramente nas que tem
menos de 20 e nas que já estão na menopausa.
O que são os miomas
Os miomas, fibromiomas
ou fibromas são formações nodulares (tumores) que se desenvolvem no
corpo da mulher, principalmente nas paredes musculares do útero. Na maioria dos casos crescem no interior do útero, no entanto, também podem aparecer junto à entrada e formarem uma proeminência sob a mucosa.
Como referi, um mioma não é um cancro, na maioria dos casos é um tumor benigno, não é canceroso nem perigoso. São principalmente constituídos por tecido conjuntivo e fibras musculares derivadas do miométrio, que é a camada do útero que se situa sob o endométrio.
O
tamanho é variável, tanto podem ser muito pequenos e imperceptíveis
como volumosos, podendo mesmo ultrapassarem os 15 cm de diâmetro. O desenvolvimento do mioma é estimulado pelo estrogénio produzido pelo
organismo da mulher em idade fértil, isto quer dizer que pode aumentar
de tamanho, progressivamente, até a mulher chegar ao climatério.
Nesta fase da vida da mulher que compreende a transição entre o período
reprodutivo e o não reprodutivo, é o período em que a menopausa
acontece. É a altura em que a mulher passa por um processo de alteração
hormonal em que se verifica a diminuição da produção de estrogénio e consequentemente a diminuição do tamanho do mioma. Tal como na menopausa, o mesmo pode acontecer durante uma gravidez, crescem durante a gravidez e diminuem depois do parto.
Sintomas que podem indiciar a existência de miomas
O mioma é geralmente assintomático, provavelmente, menos da metade das mulheres que têm miomas, têm algum tipo de sintoma. É por isso a maioria das mulheres só descobrem por acaso que têm miomas, quando fazem um exame de rotina.
Dependendo da localização, tamanho e quantidade, os miomas podem ser responsáveis por alguns problemas que afectam a saúde e a qualidade de vida da mulher.
Entre os sintomas mais comuns podem observar-se:
- A mulher pode sentir algum desconforto no baixo-ventre como a sensação de inchaço com aumento de volume abdominal;
- dor pélvica, abdominal, pouco intensa e contínua, dor nas costas ou nas pernas;
- sangramento anormal, a hemorragia é mais abundante que o normal, por vezes com coágulos e os períodos mais longos que o normal;
- dores menstruais frequentes;
- ciclo menstrual desregulado e hemorragias intra-menstruais;
- dor durante as relações sexuais,
são sintomas que podem alertar para a existência de mioma,
no entanto, estes sintomas são variáveis, podem ser mais ou menos
intensos consoante a quantidade, o tamanho e a sua localização.
Tipos de Miomas
Conforme estão localizados na parede do útero, os miomas (fibromiomas/fibromas) são:
• Subserosos: se estão na zona mais externa do útero. São miomas que crescem a partir da parede uterina para o exterior do útero. Este tipo de mioma raramente afecta o fluxo menstrual, não causa sangramento,
no entanto pode tornar-se desconfortável pelo seu tamanho e pela
pressão que pode exercer sobre outros órgãos da pélvis. Podem causar
pressão na bexiga e nos intestinos e darem origem a gases, pressão
abdominal, cólicas e dores pélvicas.
• Miometriais ou intramurais: São miomas
que se desenvolvem no interior da parede do útero e que ficam
confinados a esse espaço. À medida que vão crescendo fazem com que o
útero aumente de tamanho e são responsáveis por sintomas que se observam
tanto nos submucosos como nos subserosos. São os miomas mais comuns e geralmente provocam um intenso fluxo menstrual, dor pélvica ou sensação de peso. Cerca de 40% dos miomas uterinos são intramurais.
• Submucosos: São miomas
que se localizam mais profundamente, por baixo da superfície do
revestimento do útero. Desenvolvem-se a partir da parede uterina para o
interior da cavidade que com frequência sofre deformações. São os miomas menos comuns, provocam dores, sangramento e períodos menstruais mais intensos e prolongados. Podem ser responsáveis pela infertilidade da mulher.
• Pediculados: são os miomas que se desenvolvem tanto na parte externa como no interior do útero e que estão ligados ao órgão por um pedículo.
Como aparecem os miomas
Os miomas, também chamados de fibromas ou leiomiomas são formados essencialmente por células musculares lisas que tomam e forma de uma bola fibrosa.
Os miomas
formam-se a partir de uma única célula muscular do útero que tem no
seu código genético informação de tendência para crescer,
multiplicar-se e assim transformar-se num mioma.
O crescimento do mioma é estimulado pelas hormonas, pelo estrogénio que é uma hormona produzida pela mulher em idade fértil. É esta a razão porque os miomas se desenvolvem nas mulheres na idade fértil e raramente nas raparigas antes da adolescência e quando começam a menstruar.
Todas as situações que causem o aumento do nível estrógénio na mulher podem estimular o desenvolvimento dos miomas que ficam maiores e crescem com mais rapidez. É o que se passa em mulheres com o nível de estrogénio elevado ou daquelas que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos (porque estiveram mais tempo sob acção do estrogénio), nas mulheres obesas, nas fumadoras, nas que levam uma vida sedentária ou nas que nunca engravidaram. Assim como crescem quando o nível de estrogénio no organismo aumenta, também diminuem, geralmente, espontaneamente quando a mulher chega à menopausa, altura em que se verifica a diminuição do estímulo hormonal.
Complicações causadas pelos miomas
Os miomas
raramente sofrem transformações malignas, ou seja, raramente se
transformam em tumores malignos e quando isso acontece, geralmente,
ocorre já depois da menopausa, no entanto podem ser responsáveis por
algumas complicações na saúde e na qualidade de vida da mulher.
Os miomas podem ser os responsáveis pela esterilidade da mulher ou, por outro lado, no caso das mulheres grávidas, provocarem um parto prematuro.
Podem ser a causa do fluxo menstrual aumentado, com sangramento excessivo e hemorragias frequentes, que podem causar anemia.
Dor aguda e intensa no útero, infecção do mioma com aparecimento de febre e até secreções vaginais purulentas, são complicações que podem ser causadas pelos miomas.
Os miomas pediculados podem provocar uma dor aguda quando há torção da base de implantação.
Tratamento Homeopático da Mulher com Mioma (Fibroma/Fibromioma) no Útero
Em homeopatia sabemos que a patologia (neste caso os miomas uterinos) aparece devido a um bloqueio e consequente desequilíbrio da força vital do organismo da pessoa.
Para a tratar, o/a homeopata precisa de entender quais são as causas
profundas que criaram as condições para que a doença se manifestasse
através do aparecimento dos sintomas, que no seu conjunto formam a
patologia.
Só assim o homeopata pode ajudar a/o paciente a perceber o que se passa no seu interior, o que deve mudar na sua vida.
“A Homeopatia trata as pessoas e não as doenças”, quer isto dizer que a Homeopatia trata a mulher, não os miomas em si, trata a causa.
A
Homeopatia trata a mulher na sua globalidade, por isso o/a homeopata,
para poder prescrever o remédio apropriado a cada mulher, tem que ter
sempre em consideração todos os sinais e sintomas individuais que ela
pode apresentar, quer sejam físicos, emocionais ou mentais. A
abordagem é sempre individual e tem sempre em atenção a mulher no seu
todo, na sua globalidade, mental-emocional-físico, é assim que a
Homeopatia trata a doença.
Muitas mulheres desconhecem a eficácia e a vantagem da Homeopatia no tratamento dos miomas. Além da sua eficácia no tratamento dos sintomas causados pelos miomas,
o tratamento homeopático é mais barato que o tratamento com químicos,
não tem efeito tóxico para o organismo e é isento de efeitos colaterais.
São significativas as vantagens do tratamento homeopático.
Quando se opta por um tratamento alternativo, nomeadamente o
homeopático, o tratamento deve ser receitado e orientado por um
Homeopata credenciado,
com formação de base em Homeopatia e que saiba prescrever respeitando a
Filosofia Homeopática e de acordo com as Leis da Homeopatia.
Manuela Morgado - Homeopata