terça-feira, 22 de janeiro de 2013
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
INFERTILIDADE E HOMEOPATIA - ALTERAÇÃO DOS NÍVEIS DE PROLACTINA (HIPER-PROLACTINA) (PRL)
Prolactina (PRL). O que é?
É uma hormona segregada pelas células da hipófise
anterior, que está presente em todos os mamíferos.
Foi descrita pela primeira vez em ovelhas, em 1937, e
só mais tarde, em 1970, os pesquisadores Frantz e Kleinberg a estudaram e
descreveram nos humanos.
É uma substância produzida pelo sistema nervoso
central que pode levar ao aparecimento de alguns distúrbios na saúde do Homem e
a Mulher.
As células nervosas e as glândulas endócrinas
comunicam entre si, célula a célula por actividade eléctrica e pela da secreção
de mensageiros químicos ou neurotransmissores, que são as hormonas.
As hormonas são substâncias produzidas pelas glândulas
endócrinas (glândulas de secreção interna) com a função de regular e equilibrar
as funções do organismo, para que os órgãos e sistemas funcionem em harmonia.
As hormonas regulam a química do organismo em todas as
suas funções, funcionam como mensageiras, são produzidas num órgão e levadas
pela corrente sanguínea a outro órgão e a todas as partes do organismo actuando
como estimulantes.
O organismo é formado por diferentes tipos de células
e hormonas, cada hormona actua sobre um determinado tipo de células, as
“células-alvo”, com função específica mas, que no conjunto, trabalham na
manutenção do equilíbrio do organismo, têm um ritmo de secreção variável de
acordo com as necessidades do corpo e com a função que desempenham.
Como todas as hormonas, a prolactina também tem uma
função específica e possui um ritmo de secreção variável (ritmo de secreção
hormonal). O ritmo da prolactina é mais elevado durante a noite no início do
sono e é controlado por diferentes substâncias bioquímicas produzidas pelo
sistema nervoso central. O controlo é feito pela comunicação entre as células
do córtex cerebral, o hipotálamo e a hipófise.
As glândulas não funcionam sozinhas, como acontece com
todos os órgãos e sistemas, para estarem em equilíbrio é essencial o
funcionamento harmonioso da globalidade do indivíduo, o mental, o emocional e o
físico. Assim é fácil perceber que a secreção da prolactina pela hipófise
também está dependente de vários factores reguladores.
Para que os níveis de prolactina se mantenham de
acordo com as necessidades de cada um, é essencial o equilíbrio do organismo no
seu todo, é aqui que a Homeopatia pode dar uma ajuda preciosa.
Aumento dos níveis de Prolactina (PRL)
como causa de Infertilidade
O excesso de prolactina (hiper-prolactina ou
hiperprolactinemia) também pode ser uma das causas da infertilidade da mulher
ou do homem.
Acontece com mais frequência em mulheres com idades
entre os 20 e os 50 anos, embora também possa aparecer no homem, não sendo, no
entanto, tão frequente.
Na mulher, a prolactina tem uma função importante na
manutenção da amamentação, é a hormona estimulante das glândulas mamárias para
a produção de leite. Tudo começa na puberdade, a prolactina, juntamente com os
estrogénios, a progesterona e o cortisol, estimula a proliferação e a
ramificação dos ductos na mama, mais tarde, durante a gravidez, a prolactina,
juntamente com estrogénios e progesterona, é responsável pelo desenvolvimento
dos lobos dos alvéolos nos quais o leite é produzido. Depois do parto, a
prolactina, desta vez em conjunto com a insulina e o cortisol, estimula a
síntese e a secreção de leite.
No homem, também há produção de prolactina, no entanto
a sua função ainda não é conhecida na totalidade.
No dia-a-dia, todos somos confrontados com situações
que produzem desequilíbrios na secreção hormonal, por isso é normal que a
secreção de prolactina, também possa variar e aumentar com:
- o stress;
- na gravidez;
- por trauma emocional;
- pelo uso de fármacos (medicamentos químicos): reserpina, sulpiride, metroclopamida, alfa-metildopa, verapamil, entre outras substâncias existentes nos calmantes, nos anti-depressivos, nos ansiolíticos, nos anti-psicóticos, nos fármacos para a hipertensão e nos anticoncepcionais, entre outros.
Todas estas situações são situações passíveis de provocarem
alteração na secreção de prolactina, mais precisamente excesso de prolactina.
No entanto não são só estas situações, consideradas
normais, que podem elevar os níveis da prolactina do organismo, há outros
factores e esses não são normais, que também podem provocar alterações, que
são:
- Os factores patológicos: as patologias que afectam o sistema nervoso central na zona do hipotálamo e hipófise como as lesões neoplásicas no hipotálamo, degenerativas, granulomatosas, vasculares ou infecciosas que diminuem a secreção de dopamina (regula a prolactina), que é uma hormona com acção inibidora sobre a PRL; interrupção da ligação entre o hipotálamo e a hipófise originada por tumores cerebrais, alterações da hipófise devido a prolactinomas (micro e macroadenomas); insuficiência renal crónica, que diminui a depuração renal de PRL; doenças endócrino metabólicas como o hipertiroidismo (o THR é um potente libertador de PRL); ovários poliquistícos; doenças e lesões da parede toráxica;
- Causa idiopática ou funcional (sem causa conhecida).
Todos os factores que enumerei são passíveis de
poderem gerar a hiper-prolactina (PRL). Verifica-se ainda que os sintomas e por
consequência as patologias que envolvem a secreção de prolactina, são caracterizados
pelo excesso de produção da hormona.
Excesso de Prolactina na Mulher –
Sintomas
Alguns dos sintomas que na mulher podem fazer pensar
em hiper-prolactina (PRL) são:
- Menstruações irregulares;
- Amenorreia (é frequente o excesso de prolactina em mulheres que não menstruam);
- galactorreia;
- Diminuição da libido (desejo sexual);
- Infertilidade;
- Diminuição da densidade óssea e até osteoporose;
- Depressão e ansiedade;
- Edema e obesidade.
Como pode ver-se a prolactina pode ser a responsável
por disfunções graves do organismo, a falta de ovulação é um dos sintomas a ter
sempre em consideração.
Excesso de Prolactina no Homem -
Sintomas
Como referi, no homem também há produção de
prolactina, no entanto a sua função ainda não é conhecida na totalidade. No
entanto verificam-se sintomas como:
- Disfunção eréctil;
- Diminuição da libido (desejo sexual);
- Infertilidade;
- Baixa produção de espermatozóides;
- Ginecomastia (desenvolvimento de mamas nos homens);
- Diminuição da densidade óssea e até osteoporose;
- Depressão e ansiedade;
- Edema de obesidade.
Todos estes sintomas estão relacionados com o excesso
da hormona no organismo masculino.
Tratamento Homeopático da
Hiper-prolactina (PRL)
A abordagem homeopática para tratamento da
hiper-prolactina processa-se da mesma maneira que para qualquer outra
patologia.
“A Homeopatia trata as pessoas e não as doenças”, quer
isto dizer que a Homeopatia trata as pessoas, não o excesso de prolactina.
O equilíbrio hormonal do organismo é fundamental para
que funcione bem, para que todos os órgãos funcionem na sua plenitude. Nesta
área, a Homeopatia tem um papel importante e é eficaz.
A Homeopatia trata o individuo na sua globalidade,
isto quer dizer que o/a homeopata, para poder prescrever o remédio apropriado a
cada um, tem que ter sempre em consideração todos os sinais e sintomas
individuais, quer sejam físicos, emocionais ou mentais.
A abordagem é sempre individual e tem sempre em
atenção o indivíduo no seu todo, na sua globalidade, mental-emocional-físico, é
assim que a Homeopatia trata a doença. A abordagem da Homeopatia é mais segura,
eficaz e saudável do que a terapia com medicamentos químicos, que como é
sabido, traz uma série de riscos acrescidos à saúde.
Além de eficaz no tratamento dos sintomas, o
tratamento homeopático é barato, não tem efeito tóxico para o organismo e é
isento de efeitos colaterais. São significativas as vantagens do tratamento
homeopático.
Quando se opta por um tratamento alternativo,
nomeadamente o homeopático, o tratamento deve ser receitado e orientado por um
Homeopata profissional, com formação em Homeopatia que saiba prescrever
respeitando a Filosofia Homeopática e de acordo com e as Leis da Homeopatia.
Manuela Morgado - Homeopata Especialista
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