Prolactina (PRL). O que é?
É uma hormona segregada pelas células da hipófise anterior, que está
presente em todos os mamíferos. Foi descrita pela primeira vez em
ovelhas, em 1937, e só mais tarde, em 1970, os pesquisadores Frantz e
Kleinberg a estudaram e descreveram nos humanos.
É
uma substância produzida pelo sistema nervoso central que pode levar
ao aparecimento de alguns distúrbios na saúde do Homem e a Mulher. As
células nervosas e as glândulas endócrinas comunicam entre si, célula a
célula por actividade eléctrica e pela da secreção de mensageiros
químicos ou neurotransmissores, que são as hormonas. As hormonas são
substâncias produzidas pelas glândulas endócrinas (glândulas de
secreção interna) com a função de regular e equilibrar as funções do
organismo, para que os órgãos e sistemas funcionem em harmonia. As
hormonas regulam a química do organismo em todas as suas funções,
funcionam como mensageiras, são produzidas num órgão e levadas pela
corrente sanguínea a outro órgão e a todas as partes do organismo
actuando como estimulantes. O organismo é formado por diferentes
tipos de células e de hormonas, cada hormona actua sobre um determinado
tipo de células, as “células-alvo”, com função específica mas que no
conjunto trabalham na manutenção do equilíbrio do organismo.Têm um
ritmo de secreção variável de acordo com as necessidades do corpo e com
a função que desempenham. Como todas as hormonas, a prolactina também
tem uma função específica e possui um ritmo de secreção variável
(ritmo de secreção hormonal). O ritmo da prolactina é mais elevado
durante a noite no início do sono e é controlado por diferentes
substâncias bioquímicas produzidas pelo sistema nervoso central. O
controlo é feito pela comunicação entre as células do córtex cerebral, o
hipotálamo e a hipófise. As glândulas não funcionam sozinhas, como
acontece com todos os órgãos e sistemas, para estarem em equilíbrio é
essencial o funcionamento harmonioso da globalidade do indivíduo, o
mental, o emocional e o físico. Assim é fácil perceber que a secreção
da prolactina pela hipófise também está dependente de vários factores
reguladores. Para que os níveis de prolactina se mantenham de acordo
com as necessidades de cada um, é essencial o equilíbrio do organismo
no seu todo, é aqui que a Homeopatia pode dar uma ajuda preciosa.
Aumento dos níveis de Prolactina (PRL) como causa de Infertilidade
O
excesso de prolactina (hiper-prolactina ou hiperprolactinemia) também
pode ser uma das causas da infertilidade da mulher ou do homem.
Acontece com mais frequência em mulheres com idades entre os 20 e os 50
anos, embora também possa aparecer no homem, não sendo, no entanto,
tão frequente. Na mulher, a prolactina tem uma função importante na
manutenção da amamentação, é a hormona estimulante das glândulas
mamárias para a produção de leite. Tudo começa na puberdade, a
prolactina, juntamente com os estrogénios, a progesterona e o cortisol,
estimula a proliferação e a ramificação dos ductos na mama, mais
tarde, durante a gravidez, a prolactina, juntamente com estrogénios e
progesterona, é responsável pelo desenvolvimento dos lobos dos alvéolos
nos quais o leite é produzido. Depois do parto, a prolactina, desta
vez em conjunto com a insulina e o cortisol, estimula a síntese e a
secreção de leite. No homem, também há produção de prolactina, no
entanto a sua função ainda não é conhecida na totalidade.No
dia-a-dia, todos somos confrontados com situações que produzem
desequilíbrios na secreção hormonal, por isso é normal que a secreção de
prolactina, também possa variar e aumentar com:
No entanto não são só estas situações, consideradas normais, que podem elevar os níveis da prolactina do organismo, há outros factores e esses não são normais, que também podem provocar alterações, que são:
- o stress;
- na gravidez;
- por trauma emocional;
- pelo uso de fármacos (medicamentos químicos): reserpina, sulpiride, metroclopamida, alfa-metildopa, verapamil, entre outras substâncias existentes nos calmantes, nos anti-depressivos, nos ansiolíticos, nos anti-psicóticos, nos fármacos para a hipertensão e nos anticoncepcionais, entre outros.
No entanto não são só estas situações, consideradas normais, que podem elevar os níveis da prolactina do organismo, há outros factores e esses não são normais, que também podem provocar alterações, que são:
- Os factores patológicos: as patologias que afectam o sistema nervoso central na zona do hipotálamo e hipófise como as lesões neoplásicas no hipotálamo, degenerativas, granulomatosas, vasculares ou infecciosas que diminuem a secreção de dopamina (regula a prolactina), que é uma hormona com acção inibidora sobre a PRL; interrupção da ligação entre o hipotálamo e a hipófise originada por tumores cerebrais, alterações da hipófise devido a prolactinomas (micro e macroadenomas); insuficiência renal crónica, que diminui a depuração renal de PRL; doenças endócrino metabólicas como o hipertiroidismo (o THR é um potente libertador de PRL); ovários poliquistícos; doenças e lesões da parede toráxica;
- Causa idiopática ou funcional (sem causa conhecida).
Excesso de Prolactina na Mulher – Sintomas
Alguns dos sintomas que na mulher podem fazer pensar em hiper-prolactina (PRL) são:
- Menstruações irregulares;
- Amenorreia (é frequente o excesso de prolactina em mulheres que não menstruam);
- galactorreia;
- Diminuição da libido (desejo sexual);
- Infertilidade;
- Diminuição da densidade óssea e até osteoporose;
- Depressão e ansiedade;
- Edema e obesidade.
Excesso de Prolactina no Homem - Sintomas
Como referi, no homem também há produção de prolactina, no entanto a sua função ainda não é conhecida na totalidade. No entanto verificam-se sintomas como:
- Disfunção eréctil;
- Diminuição da libido (desejo sexual);
- Infertilidade;
- Baixa produção de espermatozóides;
- Ginecomastia (desenvolvimento de mamas nos homens);
- Diminuição da densidade óssea e até osteoporose;
- Depressão e ansiedade;
- Edema de obesidade.
Tratamento Homeopático da Hiper-prolactina (PRL)
A
abordagem homeopática para tratamento da hiper-prolactina processa-se
da mesma maneira que para qualquer outra patologia. “A Homeopatia
trata as pessoas e não as doenças”, quer isto dizer que a Homeopatia
trata as pessoas, não o excesso de prolactina. O equilíbrio hormonal
do organismo é fundamental para que funcione bem, para que todos os
órgãos funcionem na sua plenitude. Nesta área, a Homeopatia tem um
papel importante e é eficaz . A Homeopatia trata o individuo na sua
globalidade, isto quer dizer que o/a homeopata, para poder prescrever o
remédio apropriado a cada um, tem que ter sempre em consideração todos
os sinais e sintomas individuais, quer sejam físicos, emocionais ou
mentais. A abordagem é sempre individual e tem sempre em atenção o
indivíduo no seu todo, na sua globalidade, mental-emocional-físico, é
assim que a Homeopatia trata a doença. A abordagem da Homeopatia é
mais segura, eficaz e saudável
do que a terapia com medicamentos químicos, que como é sabido, traz uma
série de riscos acrescidos à saúde. Além de eficaz no tratamento dos
sintomas, o tratamento homeopático é barato, não tem efeito tóxico
para o organismo e é isento de efeitos colaterais. São significativas
as vantagens do tratamento homeopático. Quando se opta por um
tratamento alternativo, nomeadamente o homeopático, o tratamento deve
ser receitado e orientado por um Homeopata profissional, com formação
em Homeopatia que saiba prescrever respeitando a Filosofia Homeopática e
de acordo com e as Leis da Homeopatia.
Manuela Morgado - Homeopata Especialista
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